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quinta-feira, 5 de abril de 2012

ENA HARKNESS - 1 (Conto)

      Aqui estou, no apartamento studio dos meus pais, olhando para a parede, as pinturas de minha mãe enquanto eles removem os corpos, oh, merda, porque? Tenho só dezessete anos, o que vou fazer? EStou totalmente sozinha no mundo, assustada, e ao mesmo tempo livre pra fazer o que quizer...Deus, sou tão superficial, eles mataram um ao outro, se suicidaram, eu não sei, não quero nem saber, estou com medo também.
      Vivo em New York desde que nasci, na mesma casa e vi meus pais comerem arte, respirarem arte, cagarem arte, é por isso que sou assim. Eu odiava tanto e agora eu quero ser como eles foram, livres e loucos, artísticos. Minha mãe nasceu rica, meu pai casou bem, eu nasci rica, uma pobre riquinha, como aquela garota, Edie Sedgwick, Meu pai dizia que eu me parecia insanamente com ela, tudo, só não sou loira, não gosto de loiras.
       Agora odeio o fato de ser rica, eles morreram, meus controladores, e agora eu tenho um porrilhão de grana e eu não sei faço a mínima ideia do que fazer com isso. Gasto comigo? Faço caridade? Jogo nos fundos para ser comida do cachorro? Enfio no cú dos meus amigos e faço eles felizes? Eu não do a mínima!!!

Versão original (também escrita por mim) em http://www.ena-harkness.blogspot.com/

Vira lata

Sinto o sangue escorrendo
Pelo lado da cabeça
Olho acima para ver, vejo-me no chão
Tomei as pílulas
Tinha a arma
Oh, o que eu fiz?

Conformismo é a pior morte em vida
Talvez eu deva ficar inerte
Eu sou um vira lata doente
Com uma prescrição e uma arma
Na traseira do carro
Tenho pessoas em minha mente
Elas me dizem que o motorista
Não sairá vivo

Todas as folhas cairam
Eu caio pra dentro do inferno
Carta suicída ou atestado de internação
Ouço as sinfonia de Ludwig Van
Tomei as pílulas
Tinha a arma
Oh, o que eu fiz?

Os desistentes deveriam estar mortos
Talvez não fosse tão tuim estar
         Ritalina, dama controladora
         À cabeça usurpadora
         Seus efeitos colaterais estranhos
         Adoram-me como monstros medonhos

         Clorazepan, virgem sonolenta
         Entorpeça a noite escura
         Como uma lágrima acalenta
         Doce triste cura

         Oxycondin, viúva alegre
         Amante feliz do Rei da Factory
         Acenda o mundo por um instante
         Desperta-me do sono blasé displicente

         E se tudo der errado
         Ainda tenho o vinho branco
         Duas aspirinas e uma inalação
         Para ter um sono semi tranquilo